segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Zidane, um brilho eterno no futebol


Zinedine Zidane, ou "Zizou", apelido afetivo que adquiriu pelos franceses, foi uma verdadeira fera no mundo do futebol. Filho de imigrantes argelinos, suburbano, era um jovem que aparentemente não tinha nenhuma perspectiva de crescer, o esporte foi sua saída para o reconhecimento e ascensão social. Igual a muitos outros jogadores, foi um sujeito pobre que enriqueceu com o futebol, assim como freqüentemente acontece no Brasil, semelhante a Ronaldinho Gaúcho e Romario.
Seu interesse por esportes começou já quando criança, mais tarde jogava nos campinhos do subúrbio e depois passou a atuar profissionalmente em times pequenos.
Nascido em Marselha, é um dos muitos franco-argelinos que existem na França, a cidade está no sul do país, e pela região estar próxima da África, representa maiores oportunidades para africanos tentarem uma vida melhor na Europa. Muitos argelinos moram em Marselha e no resto da França, porém, são discriminados e marginalizados, tendo muitas dificuldades no mercado de trabalho.
Os franco-argelinos são pobres em maioria, logo, no caso de Zidane seria o mesmo que ele fosse um negro pobre no Brasil, poucas chances de ser um homem importante.
Conseguiu realmente firmar seu nome com a Copa da França em 1998, se destacou como melhor jogador da equipe e da melhor seleção francesa já vista depois da comandada por Platini. Levou seu país a final e contribuiu para o título histórico que foi o primeiro campeonato francês. Marcou dois excelentes gols de cabeça que derrotaram o Brasil, que era considerado um time forte, restando apenas o vice campeanato para a camisa verde-amarelo.
Na Copa do Japão/Coréia, a França chegou muito favorita devido ao bom resultado do mundial passado, porém, a atução da seleção foi péssima e acabou saindo do campeonato sem marcar sequer um gol. Zidane decepcionou e não fez nada por sua equipe, enfrentava uma fase ruim e finalizou a Copa apagado.
A situação foi piorando e decepcionou outra vez com a Eurocopa 2004, os franceses já não esperavam grande coisa de sua equipe em 2006. Na Alemanha o baixo rendimento francês continuava, os torcedores não imaginavam nada diferente de 2002, entretanto, a França com muita dificuldade se classificou para as oitavas de final. Zidane sabia que teria que dar o máximo para continuar no mundial, logo, venceu a Espanha com muita persinstência e tomou a liderança do time. No jogo contra o Brasil, brilhou mais do que outra coisa, se revelou uma verdadeira fera no esporte e derrotou os brasileiros. O Brasil mostrou que seu futebol era pura propaganda e que era pior do que outras equipes na Alemanha, o pesadelo havia voltado, e o Brasil mais uma vez perdia para França. Alguns se referem a Zidane como o "mágico", "mago", pois, derrotou a seleção favorita demonstrando um rendimento muito superior ao dos jogos anteriores.
Levou outra vez seu país a final, foi considerado o melhor jogador na Alemanha e se revelou sucessor de Platini, sendo o maior futebolista francês de todos os tempos. Seu nome ficou entre os três melhores do mundo junto a Pelé e Maradona, o craque europeu mais excepcional do mundo.
Parecia que fecharia sua carreira da forma mais glamurosa possível, pensavam qua a França seguraria a taça, porém, a Itália foi insistente e não deixou o jogo fácil para os gauleses.
Na prorrogação a seleção inimiga estava cansada e desanimada, Materazzi insultou o astro francês e recebeu uma cabeçada como resposta. Aquilo manchou a carreira de um dos melhores jogadores de todos os tempos com uma atitude vergonhosa, e a Itália segurou na defesa especulando sua vitória nas penalidades máximas.
Os italianos ganharam nos penaltes, Canavarro ergueu o ouro com orgulho e nada saiu como esperado, a poderosa França perdeu o mundial. Apesar do episódio inconveniente, ele foi considerado o melhor jogador da Copa pela FIFA e se consagrou eternamente como o maior ídolo do futebol francês e do mundo.
Sempre será lembrado e atualmente não teve nenhum jogador que superasse sua raça e técnica em campo, sendo um fenômeno inesquecível.

Por: Diogo Baroni