domingo, 18 de maio de 2008

Speed Racer, uma adaptação de animê que não surtiu o mesmo efeito no padrão de cinema americano


Speed Racer é um desenho animado japonês dos anos 60 que fez sucesso no Japão e em vários países do mundo. O nome em inglês foi dado pelos americanos, pois, no original se refere a este como "Go Mifune". Para muitos fãs estrangeiros o filme foi uma verdadeira homenagem ao sucesso do animê fora do território nipônico, assim como outras adaptações como X-Men e Homem Aranha na América do Norte.
A história trata de um jovem aficcionado por carros e corridas que desde pequeno sonhava em correr nas pistas, sua familia sempre foi voltada para automobilística, tendo assim um incentivo muito próximo. "Speed" na série animada de alguma forma tenta honrar o irmão morto ex-corredor e a idéia é repetida no longa. A trama foi muito direcionada ao público infantil, pois, mais parece um episódio de desenho animado com atores de carne e osso, apresentando um enredo simples com diálogos fracos. Para os adultos é uma produção infantil com uma história boba e pobre em conteúdo. As cenas foram todas produzidas em maioria por computação, assim, muitas vezes lembra um video game misturado com desenho, mostrando um cenário totalmente fictício e imaginário. O excesso de cores fortes e os gráficos digitalizados fazem o espectador ver a obra como uma animação e não como uma adaptação que foi feita em forma de longa com atores reais. Os personagens se distanciam de pessoas reais, parecendo tudo muito montado e óbvio. Algumas críticas citaram a pobreza das conversações e se não teria sido melhor terem produzido uma animação ao em vez de longa com humanos. Os nomes dos protagonistas também pareceram estereotipados de desenho na versão brasileira, o jovem se chama "Speed" com sobrenome "Racer" e o sobrenome da familia é "Racer", logo, se parece com nome caricato e estereotipado para crianças. São detalhes que tornam a adaptação um pouco ao pé da letra demais, perdendo status de filme, infantilizando o tema que poderia ser bem quisto por pessoas mais velhas. Traduzindo, o garoto se chama "Corredor Veloz", que é mais um apelido afetivo do que o nome de uma pessoa real, os estadounidenses fizeram a tradução pensando apenas nos pequenos.
Existe a homenagem aos japoneses com a cidade fictícia que remete Tóquio com suas cores fortes misturadas com estruturas de construção de moderna tecnologia e algumas escritas na grafia nipônica. As corridas no estilo Hot Wheels são interessantes, copiando a idéia das competições do tema original, embora pareçam de um jogo computadorizado que se vê em Play Station.
Poderiam ter feito uma adaptação melhor, essas coisas mostram que os americanos não são competentes para adaptar obras que não são deles, talvez, fosse melhor os japoneses a terem feito com os recursos e atores deles.

Por: Diogo Baroni

sábado, 10 de maio de 2008

Homem de Ferro, um filme de super herói pouco inovador


Homem de Ferro foi um filme muito esperado, com essa onda de adaptações de heróis dos quadrinhos, os americanos estão investindo nesse assunto e falta idéias originais.
Criado por Stan Lee, o grande cartunista que deu origem a vários heróis marvel, o metálico é um protagonista que faz o ideal do herói norte-americano. Aquele que protege a América dos vilões e dos estrangeiros inimigos e pretende salvar o seu país com o pretexto de salvar o mundo.
Alguns não gostam desse tipo de história por ser muito estadounidense e valorizar o patriotismo ianque, não tendo nada a ver com o cenário e cotidiano brasileiro. Apesar de tudo isso, os fãs relevam esses detalhes e desfrutam desses personagens marvel e se mantêm entretidos nas histórias que misturam ação,aventura e ficção. No início eram os vietcongs os inimigos do metálico, pois, estava na época da Guerra do Vietnã, agora, colocando a produção mais atual, são os afegãos, no caso os muçulmanos terroristas que não gostam dos Estados Unidos. Isso também simboliza a posição que o americano assume que é sempre herói ou vítima.
No filme os afegãos são inimigos, embora aparentemente os americanos não tenham nenhum motivo para serem odiados por eles.
Por que será que a roupa do Homem Aranha, Super Homem é vermelho-azul? Bandeira norte-americana, personagem característico ianque.
O longa é muito bem feito, Tony Stark é um milionário mulherengo e aventureiro que goza de uma fortuna por ser dono das fábricas bélicas Stark. No Afeganistão, Tony estava em veículo junto a alguns soldados, após um ataque, quase morre e um sujeito desconhecido implanta em Tony uma espécie de coração robótico que lhe salva a vida. Quando os afegãos o obrigam a construir um míssel, ele aproveita o tempo concedido para construir uma armadura de metal, dando origem ao primeiro projeto da armadura do Homem de Ferro.
Robert Downey Jr interpreta muito bem o protagonista, apesar que a produção pouco inova.
Existe o vilão estereotipado, a mulher do mocinho e os inimigos coadjuvantes, assim como já estamos acostumados. Não exageraram nos efeitos especiais, mas também não apresentaram uma trama articulada e envolvente como acontece em Homem Aranha e X-Men, parece ser só mais um super herói uniformizado que alcança seus objetivos no final do enredo.
Se o público quer ver um filme simples, com muita ação e aventura, não se arrependerá de ter comprado o ingresso. Para os que têm um gosto mais elaborado para cinema, o longa poderá decepcionar e não ter muita relevância, sendo apenas mais uma produção cara que goza de bons recursos tecnológicos.

Por: Diogo Baroni