sábado, 12 de dezembro de 2009

A Princesa e o Sapo, um desenho atual que segue o estilo antigo de animação


A mais recente animação da Disney segue o modelo antigo dos anos 1990, porém mostra que o estilo antigo de desenho ainda é atual para os dias de hoje. Nesta produção colocaram a primeira princesa negra, diferente de outros trabalhos onde houveram princesas loira, oriental ou indígena. Os protagonistas são negros, o que difere do casal convencional de princesa e príncipe brancos-europeus.
O estilo de animação tem um tom mais artístico que caracteriza antigas produções da Disney, com musicais e aventura com vilão tracional querendo atrapalhar os planos dos mocinhos.
Este filme revive o sentido artístico do gênero animação, sem as piadinhas forçadas e tramas montadas dos famosos Shrek e Madagascar como exemplo. O filme apesar de sua estrutura infantil tenta também agradar adultos e adolescentes, a história como de costume é curta e a trama é bem resumida com as fórmulas já conhecidas no fim do século passado. Histórias sobre princesas agradam especificamente meninas crianças, mostra-se que apesar da tecnologia atual e dos avanços da mulher na sociedade, algumas fantasias femininas não mudaram tanto.
No início da trama a mãe da protagonista lê uma história infantil sobre princesas, as duas garotinhas se emocionam e mostram que querem ser princesas. Desta história contada no inicio se entende o ponto principal, que é a princesa beija o sapo. Teoricamente o sapo se torna um príncipe, então Naveen transformado no anfíbio verde pede para Tiana (protagonista) beijá-lo para quebrar o feitiço sombrio. O vilão da trama, um bruxo voduísta transforma o rapaz no anfibio. O tema de voduismo e bruxaria parece um pouco pesado para crianças, embora tenha sido positivo como vilão diferente.
Voduismo até anos atrás era um tema tabu devido as crenças religiosas dos indivíduos, é uma novidade colocá-lo em um desenho infantil.
O filme se parece com Anastasia, porém mais sombrio. O vilão era um bruxo morto-vivo que apodrecia, ainda assim não era tão macabro. Ao beijar o sapo, a protagonista se transforma em rã e depois descobre-se que o feitiço não foi quebrado porque Tiana não era uma princesa.
Os protagonistas transformados procuram uma feiticeira cega para poderem voltar a ser humanos, a feiticeira parece uma medium. O bruxo voduista trama um plano contra a verdadeira princesa Charlotte, uma das fórmulas antigas do "vilão atrapalha o mocinho".
No final tudo acaba bem e já se pode imaginá-lo, tendo visto outros desenhos da Disney, é uma obra de arte no gênero animação.

Por: Diogo Baroni

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

2012, uma produção que repete o clichê do estilo de ficção


O filme do diretor Roland Emmerich foi um dos mais esperados do ano, se parecendo muito com o estilo de filme de O Dia Em que a Terra Parou e Independence Day. A produção de ficcção cientifica pouco surpreende, tendo uma mensagem boa, embora repita fórmulas prontas e clichês.
Os protagonistas conseguem se salvar facilmente da onda de destruição, além de estarem presentes exatamente nos lugares certos da trama. Há algumas mentiras hollywoodianas, como o protagonista conseguir chegar ao avião a tempo em meio a vários terremotos. Um sujeito que nem sabia pilotar bem consegue pilotar o avião e voar para longe da tragédia. Os personagens encontram outros sobreviventes e conseguem entrar em um avião gigantesco para se salvarem, tudo muito encaixado e clichê.
A mensagem sobre aquecimento global e valores humanos é boa, porém a produção não consegue se diferenciar do padrão montado americano, já visto em outros filmes. Como muitas vezes, os Estados Unidos são o foco de tudo, não parecendo que o resto do mundo seja tão importante. Os americanos sabiam de tudo, ficou a responsabilidade deles avisar ao mundo sobre a destruição. Há uma culpa colocada aos humanos em geral, o que remete o aquecimento global e suas possíveis destruições com o desequilibrio do globo.
Há muitas ficções boas no cinema comercial, no caso de X-Men, Homem Aranha, estes protagonistas têm poderes extra-humanos, o que tornam plausíveis as possíveis mentiradas dos heróis conseguirem se salvar. No caso de 2012 os personagens eram humanos e dificilmente escapariam dos desastres colocados na trama.
A obra é uma ficção de mentiradas e pouco inova em seu gênero, podendo divertir o público com pouco destaque.

Por: Diogo Baroni

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Jean Charles, um verdadeiro avanço no cinema nacional


A produção de Henrique Goldman chega a surpreender, abordando na trama uma realidade brasileira que é muitas vezes deixada de lado na mídia, o drama dos imigrantes brasileiros no exterior.
Jean Charles, protagonista do filme, era um imigrante brasileiro que morava em Londres. Vindo de uma cidade muito humilde e interiorana do estado de Minas Gerais, Jean ajudava a familia trabalhando em empregos mais humildes na capital inglesa. A atuação de Selton Mello merece destaque, encorporando muito bem o personagem da obra, se parecendo muito com o estereotipo do brasileiro caipira e interiorano.
As atuações no geral são boas, apesar de ser um filme ambientado na Inglaterra, o roteiro é colocado sobre um ponto de vista brasileiro, identificando a produção como de fato nacional. Os protagonistas são brasileiros e os estrangeiros que moram no cenário do enredo são secundários e pouco explorados.
O diretor utilizou a tragédia noticiada na mídia brasileira para enquadrar o enredo na realidade de um dos muitos imigrantes brasileiros que moram no exterior para ajudar familias ou juntar dinheiro para voltar ao país de origem. Pode-se perceber a dificuldade dos imigrantes a se sociliazar com os nativos, sendo que muitos deles não aprendiam a língua local. Muitos apenas se socializavam entre si, uma realidade atual de muitos estrangeiros na Europa.
Jean consegue fazer sua prima passar pela imigração local por uma enganação, os dois compartilham momentos emocionantes na Europa, até mais adiante no filme ocorrer o assassinato que foi justificado por xenofobia. Ocorrem atentados terroristas e a polícia especializada procura os terroristas culpados. Estes atentados causaram toda uma onda de racismo e ódio contra os árabes, logo estereotipados de terroristas.
Assim, os oficiais confundiram o protagonista com um indivíduo muçulmano e atiraram com objetivo de execução. O racismo e xenofobia contra os muçulmanos é mostrado, algo que a mídia brasileira não costuma noticiar.
Há um verdadeiro avanço no cinema nacional já visto em outras produções, desta vez relatando um romance em uma temática diferente e pouco explorada. Algumas cenas engraçadas divertem e cortam o clima de tensão. O final é emocionante e mostra os conhecidos do protagonista cuidando de suas vidas depois do acidente, finaliza um belo filme de cinema.

Por: Diogo Baroni

sexta-feira, 1 de maio de 2009

X-Men Origens: Wolverine, uma produção que poderia ter sido melhor explorada e ampliada


Após produzirem a terceira parte da série X-Men, os produtores de cinema investiram muito no filme solo do mutante Wolverine. A obra tecnicamente parece uma produção dos anos 90, o enredo lembra filmes que obtiveram sucesso nessa década como Exterminador do Futuro 2 e Mortal Kombat. A história revela o passado de Wolverine em tempos remotos, o que se encaixa bem ao estilo anos 90 por se tratar de uma época muito mais atrasada em relação aos tempos atuais.
O roteiro é muito fiel aos quadrinhos, embora tenha se parecido a uma história de revista em formato de filme com atores reais. Mostra o protagonista sendo cobaia de um experimento do serviço secreto na América do Norte, algo que demonstra o gosto do americanos pelo militarismo em personagens ficcionais. O projeto Arma X fez de Wolverine uma máquina de guerra quase invencível, revertendo seu esqueleto ao não muito conhecido metal adamantium.
Há um passado militarista de um verdadeiro soldado, o que agrada especialmente o público masculino em obras ficcionais. Existem muitos personagens durante o enredo, o que parece ser uma obra retrocedida de X-Men, e não apenas um filme solo. Para os que são fãs dos mutantes da Marvel, este poderá ser um filme espetacular, apesar que a trama poderia ter sido mais explorada, e talvez um pouco ampliada.
O que se percebe é que fazem uma conexão do filme solo com outra produção que ainda virá: X-Men First Class, que revela o incio da escola de mutantes do professor Xavier em Nova York.
Com muita ação e em algumas cenas lutas forçadas, poderiam não ter focado tanto no enredo da revista e colocar a trama um pouco mais realista, não caindo nos famosos clichês do cinema americano.

Por: Diogo Baroni

sábado, 3 de janeiro de 2009

Países médios


Brasil, Argentina e Chile são economias médias, estados mais desenvolvidos do que se considera normalmente terceiro mundo. Países como Quênia e Congo fazem o perfil dos estados onde a industrialização foi muito pequena e o atraso tecnológico é imenso.
Os países que hoje são considerados primeiro mundo conseguiram um alto nível de industrialização e possuem padrões altos de expectativa de vida. Nações latino-americanas como Paraguai e Bolivia são países pobres.
Brasil faz parte dos países médios, sendo a nação mais industrializada da América Latina e Caribe. As nações primeiro-mundistas equivalem a 5% total do planeta, sendo que mais de 90% do mundo é pobre. As economias futuramente se relacionarão em blocos regionais, os blocos que já existem são: União Europeia, Mercosul e Nafta.
Nafta no futuro seria o bloco mais importante do mundo, seguido na União Europeia e Mercosul. O México sempre foi atrelado aos Estados Unidos, sendo um país parte do norte das Américas.
Brasil é uma uma economia média, estima-se que será uma das maiores economias mundiais futuramente. São Paulo é a maior cidade da América do Sul, e uma das maiores na América Latina, perdendo para capital do México. México D.F. é um dos maiores aglomerados urbanos no mundo e uma capital importante no continente América Latina.
Apesar de São Paulo ter alcançado uma industrialização significativa para países emergentes, o Brasil ainda é uma economia centralizadora, o que foi herdado da colonização ibérica. Parte do desenvolvimento industrial e tecnológico da região sudeste não chega a outras capitais menores.

Por: Diogo Baroni